Minha jornada se iniciou quando eu era bem pequeno. Venho em linhas retas, talvez em linhas tortas as vezes, mas independente disso, o final dessa linha é imutável.
No começo tudo foi mais difícil, tropeçando em pedras pequenas, caindo e se machucando feio. Talvez nesse início se foi feito marcas que irão me acompanhar até o fim. Mas o importante é que sempre levantei, e o melhor, mais forte.
Apareceram flores também, as reguei, as cuidei. Mas elas sempre morreram e nasceram em outros lugares, uma pena! Mas precisava seguir minha jornada. Quanto mais avançava, mais eu brilhava. E como as flores se viram para o sol, aqueles que se viraram contra mim, se voltaram para mim novamente. Porém, eu já tinha avançado sem elas. Olhei para trás, não para querer voltar, mas sim para relembrar de minhas experiências e ver o que aprendi. Continuei.
Em certo caminho, existia outra flor, mas essa já brilhava e mirava em minha direção. Quando passei em seu lado ela se envolveu em meu corpo e nos tornamos um só corpo. E agora mais brilhante ainda.
Em nosso caminho jogamos sementes, e depois olhamos para trás e vimos nossa própria criação, mais flores brilhantes. Essas nos acompanharam até ter seu próprio caminho, mas sempre interligados de alguma forma.
Ainda temos o restante do caminho, e mais uma vez olho para trás e vejo todas as flores que uma vez me deixaram, me olhando. E eu só posso dizer uma coisa: -“Por favor, não me sigam. Pois vocês já estão aqui guardadas de alguma forma”.
E seguimos, até chegar no ponto mais brilhante, o fim? Ou o recomeço?
-William Heleno